quinta-feira, 21 de julho de 2011

Conhecendo um pouco sobre a escola

Histórico



A Escola Ananias Carlos Nascimento é uma escola pública que tem um papel importante na região Além de formar cidadãos para agirem na sociedade, é a única que oferece ensino médio para a comunidade de Riacho Seco e fazendas do entorno; sempre buscando mecanismos que possibilitem o melhor atendimento à comunidade, além de desempenhar o seu papel principal de construir conhecimento.

Foi inaugurada em 31 de outubro de 1986 pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Era cenecista, desde 1959, até que passou a ser administrada pelo Estado, contemplando o ensino de primeiro grau – atual ensino fundamental I e II.

No início, a escola atendia apenas ao Ensino Fundamental I e II, com capacidade para 300 (trezentos) alunos. Com o passar dos anos, as exigências escolares aumentaram, aumentando também sua capacidade. A partir de 2003 é implantando o Ensino Médio, suprindo uma imensa necessidade da comunidade de Riacho Seco e demais fazendas circunvizinhas, que antes tinham que se deslocar até a sede do município de Curaçá para que pudessem ter acesso ao ensino médio.

Em 2005 houve uma reforma, ampliando assim a estrutura física do ambiente escolar, com o que a escola passou a contar com uma capacidade de 600 (seiscentos) alunos.

Com a redistribuição das responsabilidades pelo ensino, passando a competir ao Estado o oferecimento do Ensino Médio, a escola não oferece mais o Ensino Fundamental I e II; sendo que há uma escola próxima, cerca de 100 metros, que disponibiliza tal modalidade de ensino à comunidade. Com isso, houve também uma redução no número de alunos, que hoje gira entorno de 340 (trezentos e quarenta) educandos.

Nos dias atuais a unidade escolar oferece apenas o ensino médio, o que é um grande avanço, porque até então os alunos que terminavam o ensino fundamental necessitavam se deslocar até a sede do município de Curaçá/BA e hoje tanto os discentes de Riacho Seco e das comunidades próximas têm o acesso à educação facilitado.





Estrutura Organizacional
Diretora: Maria Dalva Marques dos Santos
Vice Diretora: Silvia Cristina O. Lopes

Secretária: Suely Maciel

Professores: José Renato, Maria Almira, Marli Soares, Benilda Soares, Paula Chalana, Nazarette Andrade, Maria do Socorro, Adenildo Lopes, Poliana Souza e Solange Rodrigues.


Estrutura Física
A Escola Ananias Carlos Nascimento possui cinco salas de aula, em que são distribuídas quatrocentas e cinquenta cadeiras.
Ainda não possuímos cantina nem biblioteca. Contamos com uma sala de professores.
Em termos de equipamentos, contamos com 8 televisores, sendo que em cada sala e aula há um aparelho. Contamos também com um labortório de informática, que conta com 12 computadores. Apesar disso, ainda não está em pleno funcionamento, pois não há um profissional que possa acompanhar os alunos em suas atividades. No entanto, a escola já está adotando as medidas necessárias para que os alunos possam utilizar mais esse recurso.


Perfil dos estudantes
São alunos do povoado de Riacho Seco e de fazendas circunvizinhas. Na maioria transportada e vinda de cursos de aceleração dificultando a aprendizagem, pois se trata de turmas heterogêneas com elevado grau de diferença de níveis. Com elevado índice de desestruturação familiar e grande dificuldade de acompanhamento dos conteúdos.

Os alunos possuem poucas oportunidades de trabalho. Sentem-se desestimulados com a escola, pois não vêem perspectiva de futuro, já que quase não há alternativas ao trabalho rural? Muitos se questionam: “Para quê estudar se depois vou ter que ir para a roça mesmo?”

Apesar disso, verifica-se que, quando é apresentado aos alunos alguma atividade extra-classe, que não envolva diretamente o conteúdo padrão de cada série, há uma predisposição maior para a participação destes nas atividades.

Ao que parece, o fator cansaço é o que causa o maior prejuízo, tendo em vista que boa parte dos discentes, sobretudo o período noturno, já enfrentaram alguma rotina de trabalho durante o dia. Assim, é comum o desinteresse pelas aulas do modo como elas são comumente oferecidas, no velho estilo professor – quadro - pincel.

No entanto, quando ocorre a proposta de uma atividade alternativa, como formação de um grupo de dança para apresentações culturais, pintura de murais na escola etc., há um maior interesse dos alunos em participar de tais atividades.

E essa, portanto, talvez seja a maior questão que tenhamos que resolver: como oferecer um modelo de educação que desperte o interesse de seus maiores destinatários: os alunos. Um modelo que seja capaz de, se não for possível se livrar – o que também não é conveniente – mas ao menos possa se tornar um pouco independente do velho esquema professor – quadro – pincel.

A comunidade de entorno

A comunidade em torno da escola tem a função de acompanhamento do desenvolvimento educacional dos filhos, no entanto são ausentes pelo fato de exercerem atividades agropecuárias dificultando o empenho na educação destes, passam maior parte do tempo nas roças e ilhas próximas ao povoado. Todos os aspectos acima citados ficam a desejar, porém esta comunidade fica muito distante dos grandes centros, ficando a mercê da sorte.

Diante de tantas dificuldades ainda vêem na educação uma forma de superar tantas desigualdades.

Atualmente há grande alvoroço com a construção da barragem que também atingirá Riacho Seco. Ao mesmo tempo o clima é de expectativas e incertezas. Muitos alunos estão estimulados com a possibilidade de geração de empregos decorrentes das obras de construção. Outra parcela parece vivenciar certa crise, pois o futuro da própria comunidade é incerto – haverá necessidade de remoção dos moradores do distrito – ocasionando certa perda da identidade do grupo.
Por ser uma comunidade pequena, Riacho Seco também vivencia bastante tensão decorrente da atuação de grupos políticos. Mas esse aspecto só se torna evidente em períodos políticos. E, como ocorre em todas as localidades, há aqueles que apóiam o governo atual e há os que o rejeitam.

Esse cenário, em épocas em que o gestor escolar era livremente escolhido ao talante do detentor do poder, era mais complexo, gerando insatisfações de parcela da comunidade. Hoje, através do modelo de gestor eleito, essa questão parece ser mais bem equacionada, uma vez que, ainda que haja insatisfação do setor comunitário que apoiava outro candidato, que não o vencedor; há aceitabilidade e respeito por conta do caráter democrático decorrente da eleição do diretor.

A comunidade de Riacho Seco se localiza numa região bastante seca do interior baiano. As chuvas são inconstantes e se concentram em pequeno período do ano. Como alternativa a esse fator, vem sendo empregada a agricultora irrigada, através do bombeamento da água do rio São Francisco, que fica bem próximo da comunidade, uma característica favorável.

A economia da região, desse modo, se baseia essencialmente na agricultura familiar. Há pequenos comerciantes e indivíduos que, em maiores proporções, produzem cebola, maracujá, melancia e melão e comercializam tal produção fora do município, principalmente em Juazeiro, cidade vizinha que conta com o Mercado Produtor, onde há intensa movimentação negocial agrícola.

Os alunos exercem atividades agrícolas em parte do dia. Dentre o público que estuda à noite, é grande o número de alunos que trabalha na agricultura, até mesmo porque nesse turno é onde é atendida a população proveniente das fazendas da região, em que o número de trabalhadores agrícolas é mais acentuado. Se na sede do distrito ainda há os que exercem alguma atividade diversa da agricultura, principalmente relacionada ao comércio, nas fazendas a atividade agrícola é praticamente a única.

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